UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE
EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
Resumo do texto “grande
lavoura”, de Caio Prado Júnior, apresentado a matéria História do Nordeste.
O autor inicia o texto afirmando que a agricultura é o nervo econômico
da civilização. Que foi através da agricultura que se explorou e ocupou a
melhor e maior parte do Brasil. É citado algumas razões pelas quais a agricultura
volta a ser a principal atividade econômica da colônia: o esgotamento dos
depósitos auríferos, a ampliação do mercado europeu, tanto para o açúcar como
para o algodão, e os progressos técnicos que tornará o algodão a principal
matéria prima industrial no momento. Esses fatores concorrerão para um grande
progresso da agricultura brasileira no final do século XVIII.
Caio Prado Júnior faz então uma breve descrição das grandes lavouras da
colônia, apontando as principais regiões produtoras e enfatizando o pouquíssimo
progresso técnico empregado nas lavouras. No caso da cana-de-açúcar a maior
produção se encontrava no litoral, já o
aperfeiçoamento técnico era quase nulo, sem nenhum tipo de irrigação, drenagem
ou fertilização do solo. Como instrumentos agrícolas utilizava-se apenas a
enxada, apenas um tipo de cana era conhecida. Os engenhos encontrava-se na
mesma inércia técnica. Já o algodão apesar de sua produção ser bem menos
dispendiosa do que a produção do açúcar, também encontrava-se fundado em
técnicas rudimentares. Sua produção foi mais facilitada pela sua relativa
simplicidade, limitava-se a separação do caroço e ao enfardamento, necessitando
para isso de instalações sumárias. O principal centro produtor foi o Maranhão,
como o açúcar predominava a mão de obra escrava. O tabaco é a terceira grande
lavoura da colônia. Era utilizado no escambo de escravos na África. A cultura
do tabaco também se espalhou por toda a colônia, Bahia e Sergipe foram
destaques nessa lavoura. Emprega-se um nível técnico um pouco mais elevado
como: adubos e cuidados especiais com as plantas, o trabalho escravo também
predomina. Para o autor essas três lavouras constituem o fundamento da
agricultura colonial.
No texto é enfatizado a heterogeneidade da produção agrícola: o açúcar,
o algodão e o tabaco. Também ressalta a existência de outros produtos
suplementares, principalmente no interior, sua importância e dependência para
com as grandes lavouras. Importante para a alimentação dos trabalhadores livres
e escravos. Dependente pois, seu cultivo era de acordo com os altos e baixos
dos mercados consumidores dos principais produtos. Dentre esses produtos
suplementares estão o milho, a mandioca, o cacau, o arroz, o anil, a rapadura e
a aguardente. Segundo o autor o baixo nível técnico da agricultura da colônia
está na natureza do colono português e sobre tudo no regime político e
administrativo que a metrópole impôs a sua colônia.
São Cristóvão,
07 de abril de 2006
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