RESENHA
1 - Identificação do autor.
Ilma
Mendes Fontes é sergipana de Aracaju, é a autora do livro – roteiro “ A Fúria
da Raça”. Ilma possui formação em jornalismo e medicina psiquiátrica, também é
cineasta, diretora de teatro e amante da história de Sergipe. Ilma foi atriz
principal do primeiro filme sergipano, também participou de um filme de cowboy.
Em 1834, Ilma participou diretamente da criação e montagem da TV Aperipê, da
qual participa até hoje. Ilma participou de um seriado que é pioneiro e único,
realizado fora do eixo sul-sudeste, esse seriado circula até hoje na TVE. O
Roteiro original “ A Fúria da Raça” foi escrito e finalizado em 1837, devia
estrear na TV em 01 de janeiro de 1990. Para realizar o roteiro cinematográfico
Ilma teve o apoio da funtevê, café sul-americano e unimed. A atriz principal do
filme foi Maria Zilda. Ilma enfrentou diversos problemas para realizar seu
roteiro, principalmente de ordem econômica, mas em 2001 Ilma teve o seu
trabalho coroado, seu filme foi lançado e esteve em cartaz no cinemark em
aracaju.
Para
realizar seu roteiro Ilma pesquisou por quatro anos no museu do índio, na
biblioteca nacional do rio de janeiro e nas bibliotecas Epifânio Dória e
Clodomir Silva, em Aracaju. Se utilizou de diversos documentos da história de
Sergipe, teve o apoio de amigos historiadores da Universidade Federal de
Sergipe e de um amigo de Portugual.
2 - Estrutura do Livro
O
livro “ A Fúria da Raça” escrito por Ilma fontes, possui 306 páginas, por se
tratar de roteiro cinematográfico está dividido em cenas em vez de capítulos.
Nas cenas pode ocorrer diálogos entre os personagens, ou então a descrição dos
cenários e ou dos personagens que atuam em silêncio . A linguagem utilizada
pela autora é simples e de fácil entendimento, além de se tratar de uma leitura
atrativa e empolgante.
3 - Idéia Central do Livro
Segundo palavras da própria autora, pois tive o prazer de conhecê-la e
estar um tempo com ela, o seu objetivo nessa obra é contar a história da
conquista de Sergipe, sem inventar. Esclarecendo, a idéia central do livro é,
mostrar os conflitos de forças e idéias antagônicas que resultou na conquista
de Sergipe Del’ Rei por Cristóvão de Barros em 01 de janeiro de 1590. Enfatizando
a brava e heróica resistência dos nossos indígenas contra a dominação
territorial, religiosa e cultural imposta pelos portugueses, que queriam
colonizar a terra escravizando os índios.
4 - Críticas
Apesar do livro está baseado em pesquisas, documentos verídicos e
personagens reais, é na verdade uma história de ficção. Existem falhas
documentais que foram preenchidas com a imaginação da autora, principalmente no
que diz respeito as personagens femininas que foram inventadas por não se ter
registros
históricos da
época, sobre elas. Se formos analisar a obra no contexto histórico científico,
essas falhas são inconcebíveis. A troca dos governadores gerais da Bahia ocorre
de forma rápida, sem mais explicações que seriam necessárias no contexto
histórico.
5 - Indicação
Por
se tratar de uma obra que detalha com clareza momentos históricos importantes
sobre a conquista de Sergipe, detalhes da vida cultural e religiosa dos povos
que aqui habitavam antes da chegada dos portugueses, a grande nação Tupinambá,
a obra é bem indicada para historiadores, antropólogos e sociólogos, não só
para professores e alunos de curso superior, mas também seria interessante para
alunos de nível médio.
BIBLIOGRAFIA:
·
A lenta penetração portuguesa no Brasil: As cartas de Sergipe Del Rei, território marginal. In, Estudos Ibéricos e Estudos ibero-americanos.
Nice, Publicação da Faculdade de Letras e Ciências Humanas; Paris: “As Belas
Letras”, 1ª ed, 1983, pág. 133-145.
·
BEATRIZ,
Góis Dantas. Índios em Sergipe. IN: DIANA. M. Diniz. Textos
para a História de Sergipe. São
Cristóvão/SE, Aracaju: Banese, 1991.
·
FONTES,
Ilma Mendes. A Fúria da Raça –
Roteiro Cinematográfico. Aracaju/SE. J. Andrade, 1997, 306 p.
·
Documento: “A CARTA DE TOLOSA”.
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