UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
HISTÓRIA ANTIGA II
PROJETO DE HISTÓRIA
ANTIGA
“OS GUERREIROS
ESPARTANOS”
1 – Objeto em estudo
Os Guerreiros Espartanos.
2 – Objetivo
- Demonstrar que cada cidadão espartano era um soldado em caráter permanente, um morador de um acampamento em armas.
- Demonstrar que toda a vida civil, casamento, divórcio, número de filhos, educação, instrução e lazer, foram adaptados para obedecer às regras que regem um quartel de certas dimensões.
3 – Hipóteses
Tanto os homens como as mulheres,
desde seu o nascimento, tinham suas vidas definidas a partir do caráter
guerreiro militar dos espartanos.
4 – Propostas metodológicas
Utilizaremos textos de autores que se
debruçaram sobre o assunto, revistas, artigos, filmes e internet. A partir da
análise desses materiais discorreremos acerca do nosso tema, tentando mostrar
idéias de diferentes autores.
5 - Revisão de literatura
Esparta,
situada no vale do rio Eurotas, no Peloponeso. Cercada por inimigos que lhe
devotavam ódio de morte, não teve outra saída, segundo Ferreira, senão
prepara-se inteiramente para as lides militares. Arnold Toynbee entende que foi
o problema gerado pelo aumento populacional e pela escassez de terra, que levou
Esparta a optar pela via militar para solucionar essas questões. Esparta foi a primeira
cidade na Antigüidade que se orientou exclusivamente para fazer a guerra. As Leis de Licurgo, aplicadas a partir do
século IX a.C. fizeram de cada cidadão espartano um soldado em caráter
permanente, um morador de um acampamento em armas. Toda a vida
civil, casamento, divórcio, número de filhos, educação, instrução e lazer,
música e poesia, tudo mesmo foi adaptado para obedecer as regras que regem um
quartel de certas dimensões. Os espartanos implantaram o mais longo serviço
militar da história: apresentando-se aos 18 anos de idade, sendo liberado aos
60 anos. Alguns autores como Arnold Toynbee entende que por conta disso os
espartanos se tornaram escravos do seu próprio estado.
O governo de Esparta tinha como um de seus
principais objetivos fazer de seus cidadãos modelos de soldados, bem treinados
fisicamente, corajosos e obedientes às leis e às autoridades. Em Esparta os
homens eram na sua maioria soldados e foram responsáveis pelo avanço das
técnicas militares, melhorando e desenvolvendo um treino, organização e
disciplina intensivas e nunca vistas até então.
A
educação espartana, que recebia o nome técnico de agogê, era responsabilidade
do Estado e estava orientada para a intervenção na guerra e a manutenção da
segurança da cidade, sendo particularmente valorizada a preparação física que
visava fazer dos jovens bons soldados e incutir um sentimento patriótico. Nesse
treinamento educacional eram muito importantes os treinamentos físicos, como
salto, corrida, natação, lançamento de disco e dardo.
Tanto
o homem como a mulher eram educados para se tornarem bons guerreiros. Nesse
projeto temos a intenção de mostrar como se dava a formação dos guerreiros
espartanos, que começava do seu nascimento até a sua morte. Explicaremos com
detalhes como se dava essa formação dos guerreiros mais temidos da antiguidade.
Os homens espartanos eram mandados ao exército aos sete anos de idade, onde
recebiam educação e aprendiam as artes da guerra e desporto. Aos doze anos,
eram abandonados em penhascos sozinhos (só contavam uns com os outros), nus
(para criarem resistência ao frio) e sem comida (para caçarem e pescarem). Aos
18 anos, voltavam a Esparta. O homem que conseguisse viver até os 30 anos
tornava-se um oficial, voltando ao quartel com todos os direitos de cidadão
espartano. As mulheres recebiam educação quase igual à dos homens, participando
dos torneios e atividades desportivas. O objetivo era dotá-las de um corpo
forte e saudável para gerar filhos sadios e vigorosos que se tornariam
guerreiros.
Na
religião podemos perceber também a influência do espírito guerreiro dos
espartanos. Um traço distintivo era o culto aos heróis da guerra de Tróia.
Segundo Anaxágoras, Aquiles era aqui adorado como um deus, tendo Esparta, dois
santuários dedicados a ele. Outras personagens de Tróia honradas por Esparta
foram Agamemnon, Cassandra, Clitemnestra, Menelau e Helena.
Também
achamos interessante conhecer um pouco da história de um dos maiores guerreiros
de Esparta, o rei Leônidas I, que por seus atos de bravuras ou loucuras se
tornou até personagem de filme nos dias atuais, 300, filme que também será
utilizado nesse trabalho. Leônidas ocupou o trono entre 491 a.C. e 480 a.C. como sucessor de seu
irmão Cleômenas I, cuja filha Gorgó se tornou sua esposa em 488 a.C.
Uma
de suas ações mais importantes se deu por ocasião da invasão da Grécia pelos
persas, em 481 a.C.
Defendendo o desfiladeiro das Termópilas, que une a Tessália à Beócia, Leônidas
e uma tropa de apenas 7.000 homens, sendo que apenas 300 eram espartanos,
conseguiram repelir os ataques iniciais. Mas Xerxes, rei da Pérsia, foi
auxiliado por um pastor local (Efialtes) que lhe conduziu por um caminho que
contornava o desfiladeiro e cercou o exército de Leônidas. Restavam apenas 300
espartanos e voluntários tespienses e tebanos, que decidiram resistir até a
morte.
6 – Referenciais bibliográficos
- FERREIRA, José Ribeiro - A Grécia Antiga. Sociedade e Política. Lisboa: Edições 70, 2ª edição, 2004.
- Artigo retirado da internet de Arnold Toynbee,
- Filme 300
Nenhum comentário:
Postar um comentário