sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

“OS GUERREIROS ESPARTANOS”


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
HISTÓRIA ANTIGA II





PROJETO DE HISTÓRIA ANTIGA

“OS GUERREIROS ESPARTANOS”


1 – Objeto em estudo

Os Guerreiros Espartanos.

2 – Objetivo

  • Demonstrar que cada cidadão espartano era um soldado em caráter permanente, um morador de um acampamento em armas.
  • Demonstrar que toda a vida civil, casamento, divórcio, número de filhos, educação, instrução e lazer, foram adaptados para obedecer às regras que regem um quartel de certas dimensões.


3 – Hipóteses

Tanto os homens como as mulheres, desde seu o nascimento, tinham suas vidas definidas a partir do caráter guerreiro militar dos espartanos.

4 – Propostas metodológicas

 Utilizaremos textos de autores que se debruçaram sobre o assunto, revistas, artigos, filmes e internet. A partir da análise desses materiais discorreremos acerca do nosso tema, tentando mostrar idéias de diferentes autores.


5 - Revisão de literatura

            Esparta, situada no vale do rio Eurotas, no Peloponeso. Cercada por inimigos que lhe devotavam ódio de morte, não teve outra saída, segundo Ferreira, senão prepara-se inteiramente para as lides militares. Arnold Toynbee entende que foi o problema gerado pelo aumento populacional e pela escassez de terra, que levou Esparta a optar pela via militar para solucionar essas questões. Esparta foi a primeira cidade na Antigüidade que se orientou exclusivamente para fazer a guerra. As Leis de Licurgo, aplicadas a partir do século IX a.C. fizeram de cada cidadão espartano um soldado em caráter permanente, um morador de um acampamento em armas. Toda a vida civil, casamento, divórcio, número de filhos, educação, instrução e lazer, música e poesia, tudo mesmo foi adaptado para obedecer as regras que regem um quartel de certas dimensões. Os espartanos implantaram o mais longo serviço militar da história: apresentando-se aos 18 anos de idade, sendo liberado aos 60 anos. Alguns autores como Arnold Toynbee entende que por conta disso os espartanos se tornaram escravos do seu próprio estado.
             O governo de Esparta tinha como um de seus principais objetivos fazer de seus cidadãos modelos de soldados, bem treinados fisicamente, corajosos e obedientes às leis e às autoridades. Em Esparta os homens eram na sua maioria soldados e foram responsáveis pelo avanço das técnicas militares, melhorando e desenvolvendo um treino, organização e disciplina intensivas e nunca vistas até então.
            A educação espartana, que recebia o nome técnico de agogê, era responsabilidade do Estado e estava orientada para a intervenção na guerra e a manutenção da segurança da cidade, sendo particularmente valorizada a preparação física que visava fazer dos jovens bons soldados e incutir um sentimento patriótico. Nesse treinamento educacional eram muito importantes os treinamentos físicos, como salto, corrida, natação, lançamento de disco e dardo.
            Tanto o homem como a mulher eram educados para se tornarem bons guerreiros. Nesse projeto temos a intenção de mostrar como se dava a formação dos guerreiros espartanos, que começava do seu nascimento até a sua morte. Explicaremos com detalhes como se dava essa formação dos guerreiros mais temidos da antiguidade. Os homens espartanos eram mandados ao exército aos sete anos de idade, onde recebiam educação e aprendiam as artes da guerra e desporto. Aos doze anos, eram abandonados em penhascos sozinhos (só contavam uns com os outros), nus (para criarem resistência ao frio) e sem comida (para caçarem e pescarem). Aos 18 anos, voltavam a Esparta. O homem que conseguisse viver até os 30 anos tornava-se um oficial, voltando ao quartel com todos os direitos de cidadão espartano. As mulheres recebiam educação quase igual à dos homens, participando dos torneios e atividades desportivas. O objetivo era dotá-las de um corpo forte e saudável para gerar filhos sadios e vigorosos que se tornariam guerreiros.
            Na religião podemos perceber também a influência do espírito guerreiro dos espartanos. Um traço distintivo era o culto aos heróis da guerra de Tróia. Segundo Anaxágoras, Aquiles era aqui adorado como um deus, tendo Esparta, dois santuários dedicados a ele. Outras personagens de Tróia honradas por Esparta foram Agamemnon, Cassandra, Clitemnestra, Menelau e Helena.
            Também achamos interessante conhecer um pouco da história de um dos maiores guerreiros de Esparta, o rei Leônidas I, que por seus atos de bravuras ou loucuras se tornou até personagem de filme nos dias atuais, 300, filme que também será utilizado nesse trabalho. Leônidas ocupou o trono entre 491 a.C. e 480 a.C. como sucessor de seu irmão Cleômenas I, cuja filha Gorgó se tornou sua esposa em 488 a.C.
            Uma de suas ações mais importantes se deu por ocasião da invasão da Grécia pelos persas, em 481 a.C. Defendendo o desfiladeiro das Termópilas, que une a Tessália à Beócia, Leônidas e uma tropa de apenas 7.000 homens, sendo que apenas 300 eram espartanos, conseguiram repelir os ataques iniciais. Mas Xerxes, rei da Pérsia, foi auxiliado por um pastor local (Efialtes) que lhe conduziu por um caminho que contornava o desfiladeiro e cercou o exército de Leônidas. Restavam apenas 300 espartanos e voluntários tespienses e tebanos, que decidiram resistir até a morte.


6 – Referenciais bibliográficos

  • FERREIRA, José Ribeiro - A Grécia Antiga. Sociedade e Política. Lisboa: Edições 70, 2ª edição, 2004.
  • Artigo retirado da internet de Arnold Toynbee,
  • Filme 300

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