sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Resumo - História da África


Introdução




            A África tem sim uma história. A história da África é uma tomada de consciência e deve ser reescrita, pois até agora foi mascarada, desfigurada, mutilada pela ignorância e pelo interesse. Não se trata de construir uma história revanche, mas de ressuscitar as imagens perdidas ou esquecidas, de reconstruir o verdadeiro cenário. Trata-se de uma iniciativa científica. A história da África por ser pouco conhecida atiça a curiosidade humana. Milhares de pesquisadores vêm procurando resgatar a verdadeira matriz histórica da África, e para isso é preciso que essa verdade seja fundada e examinada sobre provas, para que um mito não seja substituído por outro. É necessário evitar a singularização excessiva e não alinhá-la demasiadamente as normas estrangeiras. Os métodos e as técnicas não podem ser iguais em toda parte da África.
              O manuseio das fontes é difícil, são elas: os documentos escritos, a arqueologia, e a tradição oral, apoiadas pela antropologia e a linguística. As fontes são raras e estão mal distribuídas no tempo e no espaço. A arqueologia já deu uma preciosa contribuição, com suas descobertas, principalmente quando não existe crônica oral ou material escrito. A tradição oral é um verdadeiro museu vivo do povo dito sem escrita, é a fonte histórica mais íntima, e melhor nutrida pela seiva da autenticidade. Porém é frágil para reconstruir os corredores obscuros do labirinto do tempo. É preciso peneirar criteriosamente o material da tradição oral e separa o verdadeiro do falso. A tradição oral é uma fonte integral, cuja metodologia já se encontra bem estabelecida e que confere a história da África uma notável originalidade. A história africana tem na linguística não apenas uma ciência auxiliar, mas uma disciplina autônoma que a conduz diretamente para o âmago do seu próprio objeto. Há muito a ser feito nesse campo, começando com a catalogação científica das línguas. A análise da linguística é importante para o historiador que deseja entender a dinâmica e o sentido da evolução. A linguística deve desvencilha-se do desprezo etnocêntrico que marcou  elaborada por Schlegel e Auguste, segundo a qual a família européia encontra-se no topo da evolução, e a língua do negro no topo mais baixo.
             O discurso etnológico tem sido discriminatório e político. Seu principal pressuposto era a evolução linear: a frente vai a europa, pioneira de toda civilização, e atrás os povos “primitivos”. O método etnológico baseado na entrevista individual desemboca em conclusões objetivas muito frágeis. A antropologia deve criticar seu próprio procedimento, insistir tanto nas normas quanto nas práticas, não confundir as relações sociais, decifráveis pela experiência, e as estruturas que a sustentam.
              Quatro grandes princípios devem ser observados para se levar a frente a historiografia da África. A interdisciplinaridade, cuja importância é tal que constitui por si só uma fonte específica. Para os africanos o tempo é baseado no princípio da casualidade, em que o contágio do mito impregna e deforma o processo lógico. O tempo não é estático e é concebido como social. A contagem da estação do ano é, às vezes, baseada na observação astronômica. A história da África deve ser vista do interior , a partir do polo africano, e não medida por padrões e valores estrangeiros. Os excessos racistas da antropologia física devem ser rejeitados.



Capítulo 1

A evolução da historiografia da África



            Os primeiros trabalhos sobre a história da África são tão antigos quanto o início da história da escrita. Os historiadores do mundo antigo tomaram como quadro de referência a parte conhecida da África. Heródoto, Plínio, Manetão e outros historiadores referem informações raras e esporádicas. A autenticidade de alguns desses relatos é discutível. Entre os primeiros historiadores da África Ibn khaldun é muito importante; ele concebeu uma filosofia da história e não atribuiu o mesmo valor a todo fragmento de informação encontrado.
             No século XV os europeus entraram em contato com a costa da África, esse fato desencadeou obras que são de grande importância para os historiadores modernos. A partir do século XVIII, parece que a África tropical recebeu dos historiadores europeus a atenção que merecia, de maneira que as histórias universais da época consagrava um número apreciável de páginas à África, um exemplo disso foi o The universal History, publicado na Inglaterra em 1736 e 1765. A principal tendência da cultura européia era de considerar as culturas não européias como sem história, principalmente a África. Hegel dizia que a África não era um continente histórico e que por isso não merecia ser estudado. A opinião de hegel foi aceita pela ortodoxia histórica do século XIX. As considerações de hegel foram reforçadas por Darwin, o resultado foi o surgimento da antropologia que era um método não histórico de avaliar as culturas dos povos “primitivos. Richard burton foi um dos fundadores da London Antropological societ, sua carreira marca o fim da exploração científica e cultural da África iniciada por James Bruce.
             Com o passar do tempo a história colonial se fez aceitar. Os antropólogos demonstram o valor das pesquisas de campo, que ajudará na história da África. Seligman Frobenius foram os mais importantes. Johnton e Delafosse trouxeram grandes contribuição na linguística africana. Cresce os interesse dos europeus pela história da África. Alguns africanos deixaram por escrito a história de seu povo , dois, autores importante foram Reindof e Samuel Johnson. Surge em Uganda uma importante escola de historiadores locais. A sociedade africana de cultura empenha-se por uma história da África descolonizadora. Em 1948 a Grãn –Bretanha, França e Bélgica desenvolvem universidades em territórios africanos de seu domínio. A multiplicação de universidades foi muito significativo para a história africana. As universidades criam departamentos de histórias, e profissionais são formados. A partir de 1948, a historiografia da África vai se assemelhando à de qualquer outra parte do mundo. O estudo da história da África constitui hoje uma atividade bem estabelecida, a cargo de profissionais de alto nível. Em 1966, a UNESCO lançou a idéia de elaboração de uma história geral da África, esse projeto foi executado em 1969.       
   




Capítulo 2
O lugar da história na sociedade africana


             O tempo africano é às vezes um tempo mítico social, mas também os africanos têm consciência de serem os agentes de sua própria história. O mito domina o pensamento africano na sua concepção do desenrolar da vida dos povos. O mito governava e justificava a história. O mito apresenta intemporalidade e dimensão essencialmente social. O tempo africano engloba e integra eternidade, as gerações passadas não estão perdidas para o presente, através do culto o passado está ligado ao presente. O tempo era um atributo da soberania dos líderes. A morte do rei era uma ruptura do tempo e paralisava toda expressão de vida, apenas um advento de novo rei recria o tempo social.    
              Durante algum século o homem africano por imposições exteriores e alienantes não desenvolveram uma consciência responsável de ser agentes de sua própria história. No entanto o sentimento da alto regulação da comunidade, da autonomia, era vivo e poderoso. Os chefes e as mulheres ocupam na consciência histórica africana uma posição sem duvida mais importante que em qualquer outro lugar. O caráter social da concepção africana da história lhe dá uma dimensão histórica incontestável. O tempo africano apesar de muito ligado ao passado é um tempo dinâmico. A concepção africana do tempo é modificada pela entrada desse continente no universo do lucro e da acumulação monetária, descobrem que o dinheiro faz a história.



Capítulo 3

Tendências recentes das pesquisas históricas africana e contribuição à história em geral.


                 A história da África revelou-se nos últimos decênios um elemento essencial do desenvolvimento africano. O simples advento da história africana já constitui em si uma preciosa contribuição. Rejeitando as tendências eurocêntricas os historiadores da África na própria África e fora dela assumiu particular importância, provavelmente pelo fato de a história da África ter sido negligenciada e porque os mitos racistas a desfigura. Os historiadores africano praticam uma história descolonizadas, livrando-se do racismo pseudo científico. A independência em relação aos arquivos cuja documentação é rara é necessário, pois os arquivos da história colonial africana foram criados e alimentados por estrangeiros.
                  É possível que em relação as técnicas recentes os historiadores africanos estejam atrasados, porém, quanto a utilização das tradições orais da época pré-colonial eles fazem um trabalho pioneiro. Graças aos seus trabalhos da época pré-colonial os historiadores africanos já influenciaram outras ciências socais, tal influência se faz sentir em diversos planos. Os estudos das religiões africanas modificou-se sob as recente pesquisas históricas. Mais o momento crucial é aquele em que progride em outros continentes o estudo da história africana, principalmente na europa e Estados Unidos.


         
                 



Resenha - A Fúria da Raça


RESENHA




1 -  Identificação do autor.


         
          Ilma Mendes Fontes é sergipana de Aracaju, é a autora do livro – roteiro “ A Fúria da Raça”. Ilma possui formação em jornalismo e medicina psiquiátrica, também é cineasta, diretora de teatro e amante da história de Sergipe. Ilma foi atriz principal do primeiro filme sergipano, também participou de um filme de cowboy. Em 1834, Ilma participou diretamente da criação e montagem da TV Aperipê, da qual participa até hoje. Ilma participou de um seriado que é pioneiro e único, realizado fora do eixo sul-sudeste, esse seriado circula até hoje na TVE. O Roteiro original “ A Fúria da Raça” foi escrito e finalizado em 1837, devia estrear na TV em 01 de janeiro de 1990. Para realizar o roteiro cinematográfico Ilma teve o apoio da funtevê, café sul-americano e unimed. A atriz principal do filme foi Maria Zilda. Ilma enfrentou diversos problemas para realizar seu roteiro, principalmente de ordem econômica, mas em 2001 Ilma teve o seu trabalho coroado, seu filme foi lançado e esteve em cartaz no cinemark em aracaju.
          Para realizar seu roteiro Ilma pesquisou por quatro anos no museu do índio, na biblioteca nacional do rio de janeiro e nas bibliotecas Epifânio Dória e Clodomir Silva, em Aracaju. Se utilizou de diversos documentos da história de Sergipe, teve o apoio de amigos historiadores da Universidade Federal de Sergipe e de um amigo de Portugual.



2 -  Estrutura do Livro



          O livro “ A Fúria da Raça” escrito por Ilma fontes, possui 306 páginas, por se tratar de roteiro cinematográfico está dividido em cenas em vez de capítulos. Nas cenas pode ocorrer diálogos entre os personagens, ou então a descrição dos cenários e ou dos personagens que atuam em silêncio . A linguagem utilizada pela autora é simples e de fácil entendimento, além de se tratar de uma leitura atrativa e empolgante.



3 -  Idéia Central do Livro



          Segundo palavras da própria autora, pois tive o prazer de conhecê-la e estar um tempo com ela, o seu objetivo nessa obra é contar a história da conquista de Sergipe, sem inventar. Esclarecendo, a idéia central do livro é, mostrar os conflitos de forças e idéias antagônicas que resultou na conquista de Sergipe Del’ Rei por Cristóvão de Barros em 01 de janeiro de 1590. Enfatizando a brava e heróica resistência dos nossos indígenas contra a dominação territorial, religiosa e cultural imposta pelos portugueses, que queriam colonizar a terra escravizando os índios.



4 -  Críticas



          Apesar do livro está baseado em pesquisas, documentos verídicos e personagens reais, é na verdade uma história de ficção. Existem falhas documentais que foram preenchidas com a imaginação da autora, principalmente no que diz respeito as personagens femininas que foram inventadas por não se ter registros
 históricos da época, sobre elas. Se formos analisar a obra no contexto histórico científico, essas falhas são inconcebíveis. A troca dos governadores gerais da Bahia ocorre de forma rápida, sem mais explicações que seriam necessárias no contexto histórico.



5 -  Indicação



          Por se tratar de uma obra que detalha com clareza momentos históricos importantes sobre a conquista de Sergipe, detalhes da vida cultural e religiosa dos povos que aqui habitavam antes da chegada dos portugueses, a grande nação Tupinambá, a obra é bem indicada para historiadores, antropólogos e sociólogos, não só para professores e alunos de curso superior, mas também seria interessante para alunos de nível médio.   





BIBLIOGRAFIA:

·         A lenta penetração portuguesa no Brasil: As cartas de Sergipe Del Rei, território marginal. In, Estudos Ibéricos e Estudos ibero-americanos. Nice, Publicação da Faculdade de Letras e Ciências Humanas; Paris: “As Belas Letras”,  1ª ed, 1983, pág. 133-145.
·         BEATRIZ, Góis Dantas. Índios em Sergipe. IN: DIANA. M. Diniz. Textos para a História de Sergipe. São Cristóvão/SE, Aracaju: Banese, 1991.
·         FONTES, Ilma Mendes. A Fúria da Raça – Roteiro Cinematográfico. Aracaju/SE. J. Andrade, 1997, 306 p.
·         Documento: “A CARTA DE TOLOSA”.
 



                                          

resenha - Reforma da Administração Pública e Cultura Política no Brasil:


MARTINS, Luciano. Reforma da Administração Pública e Cultura Política no Brasil: uma visão geral. Brasília. : Enap, 1997. (caderno ENAP; n. 8)


Luciano Martins fez mestrado em Ciências Política na Unicamp. Doutorado em Ciências Humanas pela Sorbonne de Paris. Foi professor titular da UERJ e da Unicamp. Professor visitante da Universidade de Columbia e embaixador do Brasil em Cuba. Além de orientador de diversos trabalhos de mestrado e doutorado.  Luciano Martins também é autor de diversas outras obras como: Estado Capitalista e Burocracia no Brasil Pós 64, onde ele procura esclarecer a forma concreta assumida pelo estado num momento específico de uma determinada sociedade, considerando uma estrutura de classes em que se dá o desenvolvimento do capitalismo;  “A Geração AI-5 e Maio de 68”, Este livro reúne dois exercícios de imaginação sociológica. Os dois fenômenos aqui analisados - "A Geração AI-5" no Brasil e os acontecimentos de maio de 68 na França - pertencem a uma mesma natureza: a do "protesto", embora de maneiras totalmente distintas; entre outras obras.
O presente ensaio foi escrito em Washington, entre setembro e dezembro de 1993, como Background Paper para o departamento de operações do Banco Internacional de Desenvolvimento - BID. O trabalho foi escrito a partir dos dados empíricos à época disponíveis e à luz do contexto político então existente.
Luciano Martins faz uma importante revisão da evolução da administração pública do Brasil, apresentando a formação do aparelho estatal do Brasil de 1930 até 1990. Fazendo uma brevíssima análise da nossa herança colonial a respeito desse assunto. Tentando explicar o patrimonialismo, o clientelismo, a burocracia extensiva e a intervenção do estado na economia, que segundo o autor são herança de Portugal.
Para Martins, a modernização das estruturas do governo federal e a profissionalização dos quadros da administração pública, tornaram-se questões importantes nos anos 30. Mas foi na ditadura Vargas que a reforma do serviço estatal foi iniciada. Com a nacionalização dos recursos minerais, das jazidas de petróleo e a construção da primeira siderúrgica estatal moderna. Vargas também criou o DASP e mandou que se fizesse um estudo sobre a reforma da administração pública. A queda de Vargas em 1945 não foi boa para a reforma estatal, pois os políticos se utilizavam dos cargos públicos para manter seu poder eleitoral, o clientelismo. Apesar disso, em 1967 foi implementado o decreto 200, que criava autarquias, empresas públicas e fundações, com o intuito de diversificar e descentralizar o aparelho estatal. Porém essa descentralização trouxe conflito entre a administração direta e indireta. Além disso, coexistiam dois tipos de servidor público: o de alto escalão, bem remunerado e altamente capacitado e o de baixo escalão, sem nenhuma capacitação, mal remunerado e sem plano de carreira. Este último servidor, insatisfeito, piorava ainda mais o serviço prestado.
A partir de 1985, com a restauração do regime democrático, três acontecimentos irão marcar a organização do aparelho estatal, são eles: a tentativa de redesenhar, sucessivamente, os altos escalões da administração pública, as disposições inconseqüentes com respeito às estruturas do estado e o seu pessoal, instituída pela constituição de 1988 e a nova natureza e meta das práticas clientelista e os níveis sem precedentes de corrupção. Nos governos Collor e Sarney, por exemplo, foram criadas diversas secretaria e ministérios sem função, simplesmente para favorecer os partidos da coalizão. O governo Itamar seguiu a mesma linha, introduzindo várias mudanças arbitrárias em nível de ministérios e secretarias de governo.
A constituição de 1988 criou algumas contradições. O caso mais extremo foi o de limitar o ingresso no serviço público a critérios de mérito, e ao mesmo tempo, concedeu estabilidade a todos servidores com cinco anos no cargo, independentemente da sua situação legal. Isto fez, segundo o autor, com que hoje se torne impossível qualquer redução racional e melhoria do serviço público sem uma reforma constitucional.
Ainda no terceiro capítulo, Martins examina duas questões que ele considera importante para entender a ineficiência do serviço público: o excesso de servidor e a legislação confusa a respeito dos salários. Adiciona a essas questões a estrutura de cargos e planos de carreira, a experiência em descentralização e a passagem do comportamento clientelista à corrupção.
No quarto capítulo, o autor trata de um arcabouço conceitual para a reforma da administração pública no Brasil, à luz das questões examinadas nos capítulos anteriores. Classificando alguns pontos sobre as mudanças que estão ocorrendo na América Latina com respeito ao estado.
O autor aborda o assunto de forma clara, concisa e sistemática. De forma que não é preciso conhecimento prévio para entender esse ensaio. Entendo que, se esse ensaio possui alguma característica especial, está no fato de ser um estudo encomendado pelo BID e que pode ter servido, de alguma forma, para a reestruturação da administração pública no Brasil.
Em sua pesquisa o autor chega a algumas conclusões que estão quase sempre inclusas no final dos capítulos. Ele não se utiliza de uma seção exclusiva para suas conclusões como se percebe rotineiramente. Além de entender que o serviço público no Brasil é ineficiente e precisa passar por uma reforma (p.31). Martins compreende que a reforma da administração pública no Brasil exige uma reforma da constituição brasileira (p.32). Qualquer tentativa de reforma da administração pública terá de tratar com fortes obstáculos e resistência de caráter legal, corporativista e político. Porém, essa reforma é possível se for adotada uma estratégia realista e flexível, tendo como meta mudanças parciais e incrementais, visando gerar um efeito-demonstração.
Luciano Martins não foi o único a escrever obras dentro dessa temática, de “Reforma da Administração Pública e Cultura Política no Brasil: uma visão geral”. Existem vários autores que compuseram uma historiografia ampla sobre o assunto, e que foram utilizados por Martins na construção de seu livro. Dessa historiografia destacamos: R. Cavalcante de Albuquerque e Rogério F. Werneck. Carvalho manteve um diálogo constante com esses autores. Em seu ensaio, Cavalcante de Albuquerque faz uma abordagem histórica com respeito às propostas de reforma do estado brasileiro. Já Werneck, em sua obra intitulada “Public Sector Adjustment to External Shocks and Domestic Pressure in Brazil” Faz uma excelente análise global sobre o papel do setor público.
Para a elaboração dessa obra, Luciano Martins utilizou uma bibliografia ampla e diversificada. Utilizou outras obras sua como, “Estado Capitalista e Burocracia no Brasil Pós 64, e obras de autores brasileiros e estrangeiros. Utilizou ainda vários artigos teses e documentos. Esses recursos foram utilizados pelo autor em sua fundamentação teórica para provar suas teses, justificar seus pressupostos e resolver a problemática por ele proposta. Para isso ele utiliza uma linguagem simples e objetiva, facilitando a leitura. Quanto as suas idéias, sabemos que toda pesquisa provém de outra e toda idéia também advém de outra idéia. Sabemos que outros pesquisadores se debruçaram em estudos semelhantes ao de Luciano Martins e que outras idéias parecidas foram formuladas anteriormente a esse estudo. Por isso entendemos que dificilmente aparece uma idéia original, que ninguém tenha antes discutido. Certamente esse é o caso das suas idéia.  Mas são muito boas suas idéias, e certamente contribuirá muito para os futuros estudos que serão realizados nessa mesma linha.
Sua obra possui 57 páginas, divididas em apresentação, sumário executivo, introdução e mais três capítulos que estão subdivididos em tópicos, onde discorre sobre sua fundamentação teórica, notas e fontes. Ele é bem sistemático na sua forma de escrever e na forma como explica suas idéias. Os parágrafos se interligam e muitas vezes o autor enumera suas idéias de forma a facilitar a compreensão do leitor.
De acordo com a investigação feita pelo autor em livros e documentos que se propôs a estudar, eu acho que o resultado obtido foi bem positivo, uma vez que, cumpriu seus objetivos. O livro é muito esclarecedor a cerca da História da reforma da administração pública e cultural política no Brasil. É muito relevante e indicado para alunos de Administração, Política, História e outros que se interesse pelo assunto estudado nessa obra. Também considero importante para os administradores públicos e políticos em geral que se interesse pelo tema, e como referência para novos pesquisadores que queiram se debruçar em pesquisa semelhante à de Luciano Martins


“OS GUERREIROS ESPARTANOS”


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
HISTÓRIA ANTIGA II





PROJETO DE HISTÓRIA ANTIGA

“OS GUERREIROS ESPARTANOS”


1 – Objeto em estudo

Os Guerreiros Espartanos.

2 – Objetivo

  • Demonstrar que cada cidadão espartano era um soldado em caráter permanente, um morador de um acampamento em armas.
  • Demonstrar que toda a vida civil, casamento, divórcio, número de filhos, educação, instrução e lazer, foram adaptados para obedecer às regras que regem um quartel de certas dimensões.


3 – Hipóteses

Tanto os homens como as mulheres, desde seu o nascimento, tinham suas vidas definidas a partir do caráter guerreiro militar dos espartanos.

4 – Propostas metodológicas

 Utilizaremos textos de autores que se debruçaram sobre o assunto, revistas, artigos, filmes e internet. A partir da análise desses materiais discorreremos acerca do nosso tema, tentando mostrar idéias de diferentes autores.


5 - Revisão de literatura

            Esparta, situada no vale do rio Eurotas, no Peloponeso. Cercada por inimigos que lhe devotavam ódio de morte, não teve outra saída, segundo Ferreira, senão prepara-se inteiramente para as lides militares. Arnold Toynbee entende que foi o problema gerado pelo aumento populacional e pela escassez de terra, que levou Esparta a optar pela via militar para solucionar essas questões. Esparta foi a primeira cidade na Antigüidade que se orientou exclusivamente para fazer a guerra. As Leis de Licurgo, aplicadas a partir do século IX a.C. fizeram de cada cidadão espartano um soldado em caráter permanente, um morador de um acampamento em armas. Toda a vida civil, casamento, divórcio, número de filhos, educação, instrução e lazer, música e poesia, tudo mesmo foi adaptado para obedecer as regras que regem um quartel de certas dimensões. Os espartanos implantaram o mais longo serviço militar da história: apresentando-se aos 18 anos de idade, sendo liberado aos 60 anos. Alguns autores como Arnold Toynbee entende que por conta disso os espartanos se tornaram escravos do seu próprio estado.
             O governo de Esparta tinha como um de seus principais objetivos fazer de seus cidadãos modelos de soldados, bem treinados fisicamente, corajosos e obedientes às leis e às autoridades. Em Esparta os homens eram na sua maioria soldados e foram responsáveis pelo avanço das técnicas militares, melhorando e desenvolvendo um treino, organização e disciplina intensivas e nunca vistas até então.
            A educação espartana, que recebia o nome técnico de agogê, era responsabilidade do Estado e estava orientada para a intervenção na guerra e a manutenção da segurança da cidade, sendo particularmente valorizada a preparação física que visava fazer dos jovens bons soldados e incutir um sentimento patriótico. Nesse treinamento educacional eram muito importantes os treinamentos físicos, como salto, corrida, natação, lançamento de disco e dardo.
            Tanto o homem como a mulher eram educados para se tornarem bons guerreiros. Nesse projeto temos a intenção de mostrar como se dava a formação dos guerreiros espartanos, que começava do seu nascimento até a sua morte. Explicaremos com detalhes como se dava essa formação dos guerreiros mais temidos da antiguidade. Os homens espartanos eram mandados ao exército aos sete anos de idade, onde recebiam educação e aprendiam as artes da guerra e desporto. Aos doze anos, eram abandonados em penhascos sozinhos (só contavam uns com os outros), nus (para criarem resistência ao frio) e sem comida (para caçarem e pescarem). Aos 18 anos, voltavam a Esparta. O homem que conseguisse viver até os 30 anos tornava-se um oficial, voltando ao quartel com todos os direitos de cidadão espartano. As mulheres recebiam educação quase igual à dos homens, participando dos torneios e atividades desportivas. O objetivo era dotá-las de um corpo forte e saudável para gerar filhos sadios e vigorosos que se tornariam guerreiros.
            Na religião podemos perceber também a influência do espírito guerreiro dos espartanos. Um traço distintivo era o culto aos heróis da guerra de Tróia. Segundo Anaxágoras, Aquiles era aqui adorado como um deus, tendo Esparta, dois santuários dedicados a ele. Outras personagens de Tróia honradas por Esparta foram Agamemnon, Cassandra, Clitemnestra, Menelau e Helena.
            Também achamos interessante conhecer um pouco da história de um dos maiores guerreiros de Esparta, o rei Leônidas I, que por seus atos de bravuras ou loucuras se tornou até personagem de filme nos dias atuais, 300, filme que também será utilizado nesse trabalho. Leônidas ocupou o trono entre 491 a.C. e 480 a.C. como sucessor de seu irmão Cleômenas I, cuja filha Gorgó se tornou sua esposa em 488 a.C.
            Uma de suas ações mais importantes se deu por ocasião da invasão da Grécia pelos persas, em 481 a.C. Defendendo o desfiladeiro das Termópilas, que une a Tessália à Beócia, Leônidas e uma tropa de apenas 7.000 homens, sendo que apenas 300 eram espartanos, conseguiram repelir os ataques iniciais. Mas Xerxes, rei da Pérsia, foi auxiliado por um pastor local (Efialtes) que lhe conduziu por um caminho que contornava o desfiladeiro e cercou o exército de Leônidas. Restavam apenas 300 espartanos e voluntários tespienses e tebanos, que decidiram resistir até a morte.


6 – Referenciais bibliográficos

  • FERREIRA, José Ribeiro - A Grécia Antiga. Sociedade e Política. Lisboa: Edições 70, 2ª edição, 2004.
  • Artigo retirado da internet de Arnold Toynbee,
  • Filme 300